Phurba (Kila)
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Phurba (Kila)
Comprimento cerca de 20 cm
A estrutura do Phurba ou Kila subdivide-se em três partes:
1) A extremidade do cabo é decorada com três faces distintas da deidade cuja manifestação física (nirmanakaya) representa: VajraKila.
Uma das caras exprime felicidade, outra a paz e outra ferocidade.
Esta extremidade é utilizada para bênçãos.
2) O cabo tem a forma de um Dorje ou Vajra (que significa simultaneamente “relâmpago” e “diamante”, representando o carácter indestrutível desta “arma”, bem como o seu modo de ação fulminante. Também nesta parte da Kila se pode encontrar a trindade nos elementos que a compõem.
3) A lâmina é formada por três gumes triangulares, que representam precisamente o seu poder de transformação sobre as kleshas (aversão, medo e ódio; ilusão, ignorância e preconceito; apego, cobiça e desejo).
A kila só se converte em nirmanakaya de Vajrakilaya após ser ritualmente consagrada e jamais deve utilizar-se sem antes termos sido devidamente iniciados por um guru que conheça os seus mistérios e tenha autoridade para o fazer.
nas antigas tradições xamânicas (algumas ainda hoje praticadas, por exemplo no Nepal), a Kila encontra-se associada ao conceito de “Árvore da Vida”, o que nos dá algum entendimento sobre a seu modo de utilização.
Ao ser cravada no solo (ou em representação simbólica, numa taça de arroz, em suporte de madeira, etc.), estabelece a ligação entre a terra e os céus, entre o divino e o profano, entre a consciência humana e a consciência universal.
Cravar a Phurba como uma estaca, representa também o ato de fixar algo em determinado ponto.
Nos exorcismos das culturas antigas, a entidade obscura era assim impedida de se movimentar durante o ritual.
À semelhança desta prática, enterrar a lâmina da Phurba simboliza o fixar da nossa concentração sobre o ego que pretendemos estudar e eliminar internamente.
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Descrição
Acerca Da Phurba ou Kila
Uma das muitas reminescências de várias tradições pré-budistas que foram integradas no Vajrayana, a “Kila“, também conhecida por “Phurba” (lê-se Pur Ba) identifica-se facilmente pela sua forma peculiar. Trata-se de um punhal em forma de estaca com 3 lâminas, cuja função é exclusivamente ritual.
A sua origem é imprecisa, embora a presença da Kilaya (outra das suas designações) seja reconhecida em documentos que nos transportam para tempos muito mais antigos, nos quais surge relacionada com vários cerimoniais tanto da cultura Vedica como Bon, sempre associada à mesma deidade que hoje representa: Vajrakila (sânscrito) ou Dorje Pur Ba(Tibetano).
O seu aspeto geral impõe respeito e até algum temor, o que não é de estranhar, pois todos os elementos que a compõem são agrupados no sentido de tocar a parte mais obscura do nosso subconsciente de um modo tão eficaz que até o menos suscetível e incrédulo dos mortais sente alguma apreensão quando a contempla.
Acredita-se que isso acontece porque, tradicionalmente, a Kilaya está relacionada com um tipo de justiça que transcende barreiras interdimensionais, sendo utilizada na subjugação ou mesmo destruição de entidades “malévolas” (exorcismos), ou, na versão budista, dos nossos “demónios internos”, as características psicológicas conhecidas como “3 Venenos” (“Kleshas” em sânscrito ou “nyon mongs” em Tibetano) que nos impedem de sermos felizes e aportarmos felicidade a quem nos rodeia.
As matérias-primas utilizadas na construção da Phurba são bastante diversificadas.
Os materiais mais comuns resultam da composição típica da maioria dos objetos rituais tibetanos, que consiste numa liga de bronze, obtida a partir de 5, 7 ou mesmo 12 metais diferentes, incluindo o thokcha (Ferro do Céu), obtido a partir de meteoritos (essencialmente tectitos) encontrados nos Himalayas.
Entretanto, existem também Kilas esculpidas em osso, madeira, argila, pedras semipreciosas e madeira (material preferido pela tradição xamânica).
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