Descrição

“MANDALA” é uma palavra sânscrita, traduzida simplificadamente nas línguas modernas por “círculo”.

Eis a tradução literal: मंड “essência” + ल “ter” ou “conter”.

Na língua Tibetana, o termo correspondente é “dkyil khor” (centro e tudo o que o circunda). Segundo Longshenpa (1308-1364), é “uma estrutura integrada, organizada em redor de um centro unificador”.

Apesar de normalmente associada à cultura Tibetana ou mesmo aos Yantras do Hinduismo (devido à origem do termo, tanto como à importância cultural religiosa e filosófica que tinha para estes povos), a Mandala é tão antiga como o Universo!

Podemos facilmente relacionar a primeira mandala com o “Big Bang“, a palavra de Deus (“No princípio era o Verbo” – Evangelho segundo S. João 1,1-18), o som sagrado “OM”, o mesmo ponto inicial de onde tudo em nosso redor se expandiu, como as ondas de choque que surgem depois de uma pedra cair na água.

Na verdade, não só a mandala é muito mais antiga do que a língua sânscrita que a identifica, como se encontra presente, tanto em toda a Natureza, como em todas as culturas de todos os tempos em todo o mundo.

O simbolo taoista Yin Yang, as rosáceas das catedrais, o calendário asteca, as flores, o Sol, o átomo, as galáxias… os exemplos são infinitos! A Mandala é, de facto, um microcosmos, o “Ovo Universal” que contém em si toda a essência do espaço e do tempo… A Mandala é tudo o que existiu, existe e existirá.

Carl Jung (1875-1961) dedicou-se ao tema de modo intensivo. Para Jung,o termo “mandala” é utilizado tanto no âmbito da psicologia como dos costumes religiosos para designar imagens circulares desenhadas, pintadas, configuradas plasticamente, ou sob a forma de danças. É ainda uma representação do “self” e, simultaneamente, do mundo. Por isso, a mandala foi utilizada consistentemente em práticas Psico-analíticas por este autor,com resultados muito positivos.